quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Reina Comigo


Tornaste-te rainha sempre que deixaste de ser minha, do teu amante plebeu.
E eu sinto que morreu qualquer coisa neste pedaço de tempo morno em que entendeste reclamar o teu trono, no reino distante onde não consigo chegar, tão longe que nem persigo com o olhar a tua silhueta difusa no horizonte a que viro as costas desertor.

Sinto que morre parte do amor, atrofiado pelo ciúme que do meu lado vem a lume quando imagino o teu corpo deitado e preencho o espaço em branco a teu lado com o contraste bem negro da sombra de outro homem qualquer.

Procuro noutra mulher o gosto acre da vingança mas nunca abdico da esperança de um dia reinarmos a meias no teu castelo de onde jamais alguém saiu.
Porque só nas fantasias plebeias a ponte levadiça nunca existiu.

6 comentários:

M disse...

Poor CatDog, ainda estás sob o jugo do encantamento!
Queres um beijinho para acordar?

CatDog disse...

Quero. Livra-me deste feitiço e ofereço-te o meu reino.

paula disse...

uhmmm catdog, cada vez melhor.
Deixa te estar assim... encantado.
beijinho

CatDog disse...

Encantadora é a forma como me comentas os textos, Paula.
Outro.

paula disse...

Outro???... catdog como tu não hà mais nenhum...

CatDog disse...

Procura bem que vais ver que encontras.
Andam é disfarçados, com identidades múltiplas. Gente doida, afinal...