sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
domingo, 20 de janeiro de 2008
Palavras Sopradas
Percorro-te o corpo com o olhar e imagino-me a navegar os dedos pela pele suave que te cobre nas fantasias, aquela que me oferecias sempre que decidias entregar-te de alma também às mais intensas sensações.
Olhos fechados às emoções negativas, a todas as barreiras erigidas contra o impacto das palavras mais a força do olhar. Este mesmo que me conduz na tua pele banhada pela luz clandestina de um albergue qualquer.
O teu corpo de mulher arrebatada pelo apelo de um desejo proibido, de um prazer sublimado pela cedência à tentação. Irresistível, a atracção impossível de rejeitar no momento de abandonar a pele à navegação costeira destes dedos feitos quilha e destes lábios que sopram o vento suão que te arrepia.
Olhos fechados à razão que te dizia para obedecer à proibição de qualquer prazer banido da cartilha convencional, o desvario emocional sem uma explicação aceitável no conjunto de regras que a tua libido preferiu, e muito bem, ignorar.
Imagens que me permito sonhar porque é livre o pensamento e eu reservo-me o discernimento daquilo que me impele a sorrir sem mazelas.
E é esse o meu devir reflectido nestas telas que pinto embalado pelas ondas do mar que se erguem, num abraço ao rio, quando ambos se reúnem numa foz concebida por nós como uma referência simbólica a uma ilusão sem castrações, liberdade a acontecer.
As palavras, como os cães, só ferram o dente a quem as possa temer.
Olhos fechados às emoções negativas, a todas as barreiras erigidas contra o impacto das palavras mais a força do olhar. Este mesmo que me conduz na tua pele banhada pela luz clandestina de um albergue qualquer.
O teu corpo de mulher arrebatada pelo apelo de um desejo proibido, de um prazer sublimado pela cedência à tentação. Irresistível, a atracção impossível de rejeitar no momento de abandonar a pele à navegação costeira destes dedos feitos quilha e destes lábios que sopram o vento suão que te arrepia.
Olhos fechados à razão que te dizia para obedecer à proibição de qualquer prazer banido da cartilha convencional, o desvario emocional sem uma explicação aceitável no conjunto de regras que a tua libido preferiu, e muito bem, ignorar.
Imagens que me permito sonhar porque é livre o pensamento e eu reservo-me o discernimento daquilo que me impele a sorrir sem mazelas.
E é esse o meu devir reflectido nestas telas que pinto embalado pelas ondas do mar que se erguem, num abraço ao rio, quando ambos se reúnem numa foz concebida por nós como uma referência simbólica a uma ilusão sem castrações, liberdade a acontecer.
As palavras, como os cães, só ferram o dente a quem as possa temer.
sábado, 12 de janeiro de 2008
Up the River
As montanhas que vejo ao fundo do rio onde o meu pequeno barco flutua têm dias que parecem querer beijar-se. No seu amor puro, movem-se as águas para que as eixem encontrar-se.
Mas o amor delas custa-me a viagem. Pois no dia em que se encontrarem, o caminho que ficou reservado para o rio ficará traspassado pela terra, intransponível, como se de uma punição se tratasse.
De uma punição por ter trazido um pequeno barco, quando eles me disseram para esperar e trazer uma caravela.
Quando eu me fiz ao rio, quando eles me disseram para esperar poder fazer-me ao mar.
Quando eu preferi fazer a jornada sozinha, quando eles me disseram para esperar até que me escolhessem um guia.
Sabem que mais? Não me arrependo.
Ainda que as montanhas se beijem, o rio seja separado e eu tenha de nadar até à margem, sem ajuda de ninguém.
Porque ao menos o barco foi escolhido por mim, o destino do rio é tão desconhecido como o do mar e, ainda assim, mais amigável, e a companhia esperar-me-á do outro lado.
Se tiver de voltar à margem, farei o caminho a pé e, ao menos, posso admirar a maravilha que pode ser um beijo.
sábado, 5 de janeiro de 2008
Talvez a Palavra Feliz
Rasgado. De um lado ao outro deste rosto que me exprime as emoções enquanto as palavras se vestem a rigor para a ocasião, no bastidor dessa expressão que me exiges e também eu tentarei provocar.
Neste palco improvisado onde te mimo, com as imagens pintadas em fundo branco, as letras, o encanto, as belezas sob esta luz que me encandeia observadas nessa mesma plateia onde me sentarei para te poder aplaudir de igual forma.
Palhaço rico, protagonista, pintado no rosto um sorriso tão vivo, tão ao teu gosto como o que me sinto capaz de te oferecer no céu da madrugada a dois em que a lua minguante se erga no horizonte depois (de um beijo), às minhas ordens, só para te impressionar.
Rasgado. De um a outro lado. Como num smile que se desenha no alcatrão com um simples pedaço de giz.
Neste palco improvisado onde te mimo, com as imagens pintadas em fundo branco, as letras, o encanto, as belezas sob esta luz que me encandeia observadas nessa mesma plateia onde me sentarei para te poder aplaudir de igual forma.
Palhaço rico, protagonista, pintado no rosto um sorriso tão vivo, tão ao teu gosto como o que me sinto capaz de te oferecer no céu da madrugada a dois em que a lua minguante se erga no horizonte depois (de um beijo), às minhas ordens, só para te impressionar.
Rasgado. De um a outro lado. Como num smile que se desenha no alcatrão com um simples pedaço de giz.
No cruzamento de uma estrada cujas tabuletas só tenham escrita uma palavra.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Com um sorriso
Com um sorriso abraço o mundo.
O que já veio e o que virá.
Com um brilho nos olhos aguardo o agora e todas as coisas que me constroem, me fazem mudar e ficar mais próxima de mim.
Com um sorriso te encontro e deste encontro, sorrio.
Com a esperança que a partir de agora os dias serão maiores e, por isso, mais tempo terei para nos descobrirmos. Um ao outro.
Larga o calendário, desacomoda-te. Nada é tempo, pois o tempo somos nós.
Nada é vazio, pois nós estamos cheios de tudo. De vontade.
Vive, salta, grita. Sente na cara o brilho do sol.
Faz-me sorrir.
Mas sobretudo, sorri.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Emoção Clandestina
Vejo folhas amarrotadas de um calendário, tombadas sobre o tampo de uma mesa como as que lá fora já forram o chão que há muito não pisas.
Vejo dias desperdiçados com o vento de feição e o veleiro no meu coração em doca seca, apontado como uma seta para o horizonte sem fim, à espera de um corte no cordão umbilical que o prende a uma âncora imaginária que agora parece feita de papel.
Como o das folhas amarrotadas, numa mesa pousadas para marcarem a passagem do tempo num tiquetaque sem quartel. À espera de um sinal que tarda a chegar e eu preciso muito de embarcar na próxima maré favorável.
Esta sensação desagradável de olhar para o calendário prestes a esgotar as munições, como a árvore despida lá fora, recorda-me que se aproxima a hora de dar início a um recomeço como todos os que definimos, arrogantes, redundantes, sem podermos sequer ter como adquirida uma continuação.
E eu alimento uma ilusão (des)necessária, escondida nos bolsos de uma história que tento alimentar à socapa da realidade que me atraca ao teu porto de abrigo que, na verdade, não passa de um puro castigo.
O preço da minha indesculpável acomodação.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Até Ti
Sigo as luzes com o olhar. Elas levam-me a ti.
Levam-me aos momentos em que nos olhámos e nos perdemos.
Na luz de um amor resplandecente e duradouro.
Aos poucos, percebemos que o significado de duradouro não deveria ser eterno, pois eterno nem a luz do Sol...
Eterno será até ao dia que quisermos, até ao dia em que nos quisermos.
Sigo as luzes, que elas levam-me até ti.
Os sorrisos, o frio, onde há sempre alguém para nos dar um conforto.
Espero por ti ao fundo, tento encontrar-te, no outro lado do mundo.
Quando penso que o meu olhar jamais te avistará, aí estás tu. Com o mesmo sorriso, com o mesmo olhar, com o mesmo amor.
E é nesse amor que me quero perder.
Porque esta quadra é feita de amor, não de luzes brilhantes, que ofuscam e nos toldam para aquilo que poderíamos pensar que seria um caminho para te encontrar.
Levam-me aos momentos em que nos olhámos e nos perdemos.
Na luz de um amor resplandecente e duradouro.
Aos poucos, percebemos que o significado de duradouro não deveria ser eterno, pois eterno nem a luz do Sol...
Eterno será até ao dia que quisermos, até ao dia em que nos quisermos.
Sigo as luzes, que elas levam-me até ti.
Os sorrisos, o frio, onde há sempre alguém para nos dar um conforto.
Espero por ti ao fundo, tento encontrar-te, no outro lado do mundo.
Quando penso que o meu olhar jamais te avistará, aí estás tu. Com o mesmo sorriso, com o mesmo olhar, com o mesmo amor.
E é nesse amor que me quero perder.
Porque esta quadra é feita de amor, não de luzes brilhantes, que ofuscam e nos toldam para aquilo que poderíamos pensar que seria um caminho para te encontrar.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Eternamante
Lembro-me, sim, que prometias caminhar até ao fim, comigo, por uma estrada completamente ladeada de árvores de fruto onde cantavam os pássaros que escuto na memória dos dias em que me permiti sonhar um amor genuíno.
Recordo também o destino que lias, cigana, nas palmas das minhas mãos, na cama, enquanto brincávamos com partes dos corpos a sério que transpiravam, pouco tempo depois, numa manta estendida à pressa no chão.
Era para sempre, dizias. Mas aos poucos desmentias pressupostos e acumulávamos desgostos na traição da tua ausência, muitos pesos na consciência que viraste como canhões contra o falso inimigo em que aparentemente me tornei.
Lembro-me que sonhei um dia o filho que te faria, o coração que me cegava e que tudo perdoava, a razão perdida numa discussão que abortava, pela evidência do meu engano, a loucura desse plano desesperado para te prender a mim de alguma forma.
Mas agora deixo que o sonho durma, enquanto finjo que me esqueço, de cada vez que me despeço, a verdade adormecida no encanto do teu olhar que já não reflecte o mesmo amor que me afirmavas nos dias quentes de que me lembro agora.
O sopro gelado de beijos distantes inspira-me um sentimento de vazio. E por mais que nos lembre amantes não consigo combater esse frio.
Recordo também o destino que lias, cigana, nas palmas das minhas mãos, na cama, enquanto brincávamos com partes dos corpos a sério que transpiravam, pouco tempo depois, numa manta estendida à pressa no chão.
Era para sempre, dizias. Mas aos poucos desmentias pressupostos e acumulávamos desgostos na traição da tua ausência, muitos pesos na consciência que viraste como canhões contra o falso inimigo em que aparentemente me tornei.
Lembro-me que sonhei um dia o filho que te faria, o coração que me cegava e que tudo perdoava, a razão perdida numa discussão que abortava, pela evidência do meu engano, a loucura desse plano desesperado para te prender a mim de alguma forma.
Mas agora deixo que o sonho durma, enquanto finjo que me esqueço, de cada vez que me despeço, a verdade adormecida no encanto do teu olhar que já não reflecte o mesmo amor que me afirmavas nos dias quentes de que me lembro agora.
O sopro gelado de beijos distantes inspira-me um sentimento de vazio. E por mais que nos lembre amantes não consigo combater esse frio.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
De novo
Devagar.
Devagarinho.
Com pezinhos de lã.
Entras de novo no meu coração.
A aquecer-me a alma.
A trazer-me o conforto.
Como se um aconchego, um mimo fosse tudo e somente aquilo que preciso.
Aos poucos, volto a sentir a tua mão no meu peito, como se sempre ali pertencesse. Como se de uma luz se tratasse, para iluminar o meu coração.
Traças-me de novo o caminho. Até ti e não mais além. Dando-me o infinito, ainda assim.
E eu deixo.
Porque é maravilhoso.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Reina Comigo
Tornaste-te rainha sempre que deixaste de ser minha, do teu amante plebeu.
E eu sinto que morreu qualquer coisa neste pedaço de tempo morno em que entendeste reclamar o teu trono, no reino distante onde não consigo chegar, tão longe que nem persigo com o olhar a tua silhueta difusa no horizonte a que viro as costas desertor.
Sinto que morre parte do amor, atrofiado pelo ciúme que do meu lado vem a lume quando imagino o teu corpo deitado e preencho o espaço em branco a teu lado com o contraste bem negro da sombra de outro homem qualquer.
Procuro noutra mulher o gosto acre da vingança mas nunca abdico da esperança de um dia reinarmos a meias no teu castelo de onde jamais alguém saiu.
E eu sinto que morreu qualquer coisa neste pedaço de tempo morno em que entendeste reclamar o teu trono, no reino distante onde não consigo chegar, tão longe que nem persigo com o olhar a tua silhueta difusa no horizonte a que viro as costas desertor.
Sinto que morre parte do amor, atrofiado pelo ciúme que do meu lado vem a lume quando imagino o teu corpo deitado e preencho o espaço em branco a teu lado com o contraste bem negro da sombra de outro homem qualquer.
Procuro noutra mulher o gosto acre da vingança mas nunca abdico da esperança de um dia reinarmos a meias no teu castelo de onde jamais alguém saiu.
Porque só nas fantasias plebeias a ponte levadiça nunca existiu.
domingo, 9 de dezembro de 2007
Regressar à Tona
Por dias senti-me perdida, apagada, cinzenta.
Tudo isso se deve à indiferença com que a vida passava por mim sem me perguntar para onde queria ir. Em vez de tudo isso, levava-me, ao sabor do vento.
Mas com esse vento agreste, frio, de sons agudamente desagradáveis, senti-me enredada numa teia da qual eu queria sair. Mas quanto mais esbracejante, mais presa. Na dúvida de que alguma vez poderia voltar. Como parti.
Para me proteger do vento mergulhei. Tão fundo que pensei não me encontrar mais.
No casulo aquático das profundezas da imensidade do mar reflecti.
Percebi que não devo esperar que a vida traga o vento.
Tenho de pedir e impor-lhe.
Na vontade de ser e de viver.
Regressei à tona, respirei tudo aquilo que os pulmões tinham perdido. Todos os cheiros. Todas as cores.
Estou preparada.
sábado, 8 de dezembro de 2007
(Des)Peito Aberto
Marcas a hesitação com o pêndulo de uma emoção desgovernada, numa hora a amada que despi e agora a menina assustada que me expulsa de ti, a outra que me quer.
E eu deixo-me arrastar, infantil, pela maré que criam as tuas luas e percorro sozinho as ruas em busca de consolos de circunstância que só me acicatam a tua falta, ainda mais.
Regresso sem orgulho, rastejo aos meus olhos e aos teus. O amor que te tenho calado, para minha defesa, simulado por detrás de uma espécie de véu que me priva desse céu na tua boca que sorri quando percebes o que senti enquanto deambulava a ira passageira.
Dispara o coração, de tal maneira acelerado pela privação que o acobarda ao ponto de me humilhar perante ti e eu perceber que é de vez, atraiçoado pela lucidez que me impede de fugir da vergonha também. Da expressão vencedora que tem esse olhar de matadora que me revolta.
Mas a paixão logo sufoca a rebelião com um beijo de fogo e os corpos tombados na cama onde por certo vingarei o vexame como um homem que não te ame tanto como eu, nem verdadeiramente te queira sequer.
Ou como outro qualquer.
E eu deixo-me arrastar, infantil, pela maré que criam as tuas luas e percorro sozinho as ruas em busca de consolos de circunstância que só me acicatam a tua falta, ainda mais.
Regresso sem orgulho, rastejo aos meus olhos e aos teus. O amor que te tenho calado, para minha defesa, simulado por detrás de uma espécie de véu que me priva desse céu na tua boca que sorri quando percebes o que senti enquanto deambulava a ira passageira.
Dispara o coração, de tal maneira acelerado pela privação que o acobarda ao ponto de me humilhar perante ti e eu perceber que é de vez, atraiçoado pela lucidez que me impede de fugir da vergonha também. Da expressão vencedora que tem esse olhar de matadora que me revolta.
Mas a paixão logo sufoca a rebelião com um beijo de fogo e os corpos tombados na cama onde por certo vingarei o vexame como um homem que não te ame tanto como eu, nem verdadeiramente te queira sequer.
Ou como outro qualquer.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Acaba Como Começou
Apareceste do nada, dizendo palavras poéticas, descontextualizadas.
Desconfiei, pedi a mim própria para desconfiar. Desconfiar como quem desconfia de um estranho na rua.
Que é o que és: um estranho.
Encontrei loucura nas tuas palavras, senti-me oprimida com a tua alma, tão impregnada de egocentrismo e expressões difíceis, as quais só lianos livros ou nas legendas de filmes melodramáticos.
Achei que o teatro tinha chegado à minha vida. A dramatização por ti representada era-me estranha, como aquilo que tu és.
Um estranho.
Um estranho que descobri depois que dizia palavras sussurradas, com tom cativante e sorrisos maravilhosos.
Estranhamente, aliei-me à tua loucura, contextualizei-a, mergulhei na tonalidade poética que davas à minha vida, aos poucos de cada vez, todos os dias.
Mas, se a sinceridade total é utopia ou manifesta a loucura, eu não quero ser louca em full-time.
Tolda-me o juízo, desvia-me do caminho que me custou a construir.
Tento não querer mais, não falar mais, não responder mais.
A um estranho.
Um estranho que tem de sair da minha vida como entrou: inesperadamente, radicalmente, estranhamente.
Para que eu possa estar em Paz.
Desconfiei, pedi a mim própria para desconfiar. Desconfiar como quem desconfia de um estranho na rua.
Que é o que és: um estranho.
Encontrei loucura nas tuas palavras, senti-me oprimida com a tua alma, tão impregnada de egocentrismo e expressões difíceis, as quais só lianos livros ou nas legendas de filmes melodramáticos.
Achei que o teatro tinha chegado à minha vida. A dramatização por ti representada era-me estranha, como aquilo que tu és.
Um estranho.
Um estranho que descobri depois que dizia palavras sussurradas, com tom cativante e sorrisos maravilhosos.
Estranhamente, aliei-me à tua loucura, contextualizei-a, mergulhei na tonalidade poética que davas à minha vida, aos poucos de cada vez, todos os dias.
Mas, se a sinceridade total é utopia ou manifesta a loucura, eu não quero ser louca em full-time.
Tolda-me o juízo, desvia-me do caminho que me custou a construir.
Tento não querer mais, não falar mais, não responder mais.
A um estranho.
Um estranho que tem de sair da minha vida como entrou: inesperadamente, radicalmente, estranhamente.
Para que eu possa estar em Paz.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Fogo Posto
Seguro-te o queixo com o indicador e disparo com o olhar as promessas que anseias concretizadas. O tiroteio iniciado quando ripostas, fogo cruzado, com uma munição que é fornecida pela paixão que te explico onde começa e tu me ensinas, o corpo por tutor, como ela se transforma aos poucos num amor que prefere ignorar o momento do seu fim.
Esta força dentro de mim que te seduz, dentro de ti, a mesma força que te possui, o desejo que nos funde as fantasias onde assumimos o papel principal.
Os cabelos desalinhados, os corpos colados, os dedos crispados, os medos dissipados enquanto o mundo inteiro decide parar em nosso redor.
O silêncio nos ouvidos de quem já só escuta o apelo interior, visceral, de um instinto animal assanhado que refinas com as carícias tão femininas e a expressão mais doce de que um olhar é capaz.
Esta força dentro de mim que te seduz, dentro de ti, a mesma força que te possui, o desejo que nos funde as fantasias onde assumimos o papel principal.
Os cabelos desalinhados, os corpos colados, os dedos crispados, os medos dissipados enquanto o mundo inteiro decide parar em nosso redor.
O silêncio nos ouvidos de quem já só escuta o apelo interior, visceral, de um instinto animal assanhado que refinas com as carícias tão femininas e a expressão mais doce de que um olhar é capaz.
E eu luto pela paz como bombeiro sapador, enquanto nas tuas costas faço fogo e quebro as tréguas voluntárias num assalto à mão armada com pontas incendiárias.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Respirar
De cada vez que chegas perto, de cada vez que me tocas, de cada vez que me falas, esqueço-me de respirar.
A ti me entrego, perto dos teus braços, mais perto do teu coração.
Somos uno, na paixão dos corpos, no delírio dos corpos.
Não respiro enquanto me desabotoas a camisa e sinto os teus lábios cada vez mais perto dos meus.
É como se cada suspiro teu fosse todo o ar que preciso para respirar.
Tiras-me o fôlego, levas-me a palavra, pões-me um sorriso e roubas-me o coração.
A ti me dou, em ti me perco. Em mim te abres, te explicas.
Sem palavras, explicas-me onde começa a paixão, de que matéria é feita.
E, de todas as vezes, tiras-me o ar, mesmo sem palavras.
A ti me entrego, perto dos teus braços, mais perto do teu coração.
Somos uno, na paixão dos corpos, no delírio dos corpos.
Não respiro enquanto me desabotoas a camisa e sinto os teus lábios cada vez mais perto dos meus.
É como se cada suspiro teu fosse todo o ar que preciso para respirar.
Tiras-me o fôlego, levas-me a palavra, pões-me um sorriso e roubas-me o coração.
A ti me dou, em ti me perco. Em mim te abres, te explicas.
Sem palavras, explicas-me onde começa a paixão, de que matéria é feita.
E, de todas as vezes, tiras-me o ar, mesmo sem palavras.
Laços sem Nó
Percebo-me, aos poucos, de costas voltadas para o sol.
Hesito até parar.
Depois começo a recuar, tacteando a berma do passeio com a traseira dos pés.
Percebo-me, aos poucos, saturado de esperar.
E começo a caminhar rumo a um futuro alternativo, paciência, enquanto o escreves pelo teu punho com a palavra ausência.
Hesito até parar.
Depois começo a recuar, tacteando a berma do passeio com a traseira dos pés.
Percebo-me, aos poucos, saturado de esperar.
E começo a caminhar rumo a um futuro alternativo, paciência, enquanto o escreves pelo teu punho com a palavra ausência.
sábado, 24 de novembro de 2007
Não Sei Como Se Faz
Tento evitar que me fuja o olhar para a janela de onde me espreitas com a mesma expressão que outrora me arrastou para o centro da nossa tormenta a dois.
Tento resistir ao apelo que me lanças mas não consigo ignorar a minha alma a gritar nem hesites por um segundo.
E eu respiro fundo, resignado na aparência, aliviado na evidência dos meus passos apressados para a porta do edifício que surge aos meus olhos com toda a luz dos portões do meu céu.
Sinto-me teu e receio alguma forma de prisão a que me condene o coração pelo pecado de te querer tanto assim.
Saio fora de mim e flutuo ao longo da estrada que me queria afastar da tua influência, não a sigo mas atravesso-a enquanto mais acima a tua janela agora fechada me recorda como és bela encostada ao umbral da porta que cruzarei.
Lá dentro encontrarei o corpo incandescente da minha loucura amante e depois esquecerei no calor dos teus lençóis a vontade fingida de te querer esquecida, como me provo incapaz.
Porque afinal não sei como se faz.
O amor sem ti.
Tento resistir ao apelo que me lanças mas não consigo ignorar a minha alma a gritar nem hesites por um segundo.
E eu respiro fundo, resignado na aparência, aliviado na evidência dos meus passos apressados para a porta do edifício que surge aos meus olhos com toda a luz dos portões do meu céu.
Sinto-me teu e receio alguma forma de prisão a que me condene o coração pelo pecado de te querer tanto assim.
Saio fora de mim e flutuo ao longo da estrada que me queria afastar da tua influência, não a sigo mas atravesso-a enquanto mais acima a tua janela agora fechada me recorda como és bela encostada ao umbral da porta que cruzarei.
Lá dentro encontrarei o corpo incandescente da minha loucura amante e depois esquecerei no calor dos teus lençóis a vontade fingida de te querer esquecida, como me provo incapaz.
Porque afinal não sei como se faz.
O amor sem ti.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Abrir a Janela
Fugazes são os raios do sol.
Fugazes como a tua presença.
Simples, modesta, grandiosa.
Como o teu sorriso.
Iluminada de todas as cores.
Cores essas que me enchem a alma e aquecem o coração.
Como um aconchego numa noite fria
Em que os teus lábios tocam os meus
E as tuas mãos atropelam o meu pensamento
Na sofreguidão dos corpos unos
Que somos, um só.
Ontem compreendi
O maior segredo de todos.
Não é De Mim
É de Nós.
Basta abrir a janela e deixar os raios de sol entrar.
Raios esses que, ainda fugazes, chegam para me irradiar o espírito.
E Amar-te cada vez mais.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
De mim
Hoje cheguei a esta casa e tudo estava diferentemente igual. Os meus passos já não são os mesmos, pois não encontram nos teus olhos o término do eco que me denuncia a chegada.
O meu sorriso não tem a resposta que gosto de ouvir, apenas as paredes frias encontram no meu olha um parceiro inigualável em vazio. Tal como elas, os retratos que tirei ao longo da nossa vida foram retirados da memória e guardados no fundo da gaveta das recordações.
Estes quadros eram como retratos, que se afiguravam de cores e cheiros por cada palavra tua, por cada troca que entre nós se dava. Troca essa que dizes ter fim e só encontrar caminho para o meu lado.
Se sou egoísta? Sim, porque pensei em ti não como em nós, mas como em mim. És o que para mim quero, mas ao contrário: que eu seja o que para ti queres. Inevitavelmente. Irremediavelmente.
Só hoje percebi que isso já acontecia antes de eu o desejar. E foi por cobiçá-lo que te perco no longe, com a vista toldada de ambições desmedidas e sem nexo, onde tu não estás senão quando quero. Mas hoje percebi que o amor não é quando queremos, é quando aparece. E quando aparece é eterno, desta forma contínuo. Até que se acabe.
Até que se acabe. Sem idas e retornos, mas em proporcionalidade directa às partilhas e memórias conjuntas. Memórias passadas e acções presentes. Mais que acções decisões. E em casa decisão, não só eu mas tu. Para sermos dois.
Assim escrevo como me sinto. Desconexada. Confusa. Porque sinto-me vazia perto de ti. Vazia de mim. Contigo a preencher-me cada recanto desta sala escura com luz, que denuncia o quanto estou só em mim mesma.
Não serão, pois, lágrimas de tristeza. Mas de egoísmo ressentido, porque o orgulho não o conseguiu acompanhar.
O meu sorriso não tem a resposta que gosto de ouvir, apenas as paredes frias encontram no meu olha um parceiro inigualável em vazio. Tal como elas, os retratos que tirei ao longo da nossa vida foram retirados da memória e guardados no fundo da gaveta das recordações.
Estes quadros eram como retratos, que se afiguravam de cores e cheiros por cada palavra tua, por cada troca que entre nós se dava. Troca essa que dizes ter fim e só encontrar caminho para o meu lado.
Se sou egoísta? Sim, porque pensei em ti não como em nós, mas como em mim. És o que para mim quero, mas ao contrário: que eu seja o que para ti queres. Inevitavelmente. Irremediavelmente.
Só hoje percebi que isso já acontecia antes de eu o desejar. E foi por cobiçá-lo que te perco no longe, com a vista toldada de ambições desmedidas e sem nexo, onde tu não estás senão quando quero. Mas hoje percebi que o amor não é quando queremos, é quando aparece. E quando aparece é eterno, desta forma contínuo. Até que se acabe.
Até que se acabe. Sem idas e retornos, mas em proporcionalidade directa às partilhas e memórias conjuntas. Memórias passadas e acções presentes. Mais que acções decisões. E em casa decisão, não só eu mas tu. Para sermos dois.
Assim escrevo como me sinto. Desconexada. Confusa. Porque sinto-me vazia perto de ti. Vazia de mim. Contigo a preencher-me cada recanto desta sala escura com luz, que denuncia o quanto estou só em mim mesma.
Não serão, pois, lágrimas de tristeza. Mas de egoísmo ressentido, porque o orgulho não o conseguiu acompanhar.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Partir à Chegada
Percorro o cais ansioso no limite da minha visão periférica, enquanto descarrego o lastro remanescente da última viagem à tua presença simbólica.
Sem pressa, constato entretanto que à falta sentida se sobrepõe uma fé esquecida nos confins de um bau. Como um mapa carcomido pelo tempo, demasiados espaços em branco ao longo do caminho que se poderia traçar em teoria.
O tesouro que representa o renascimento de um homem saturado de monólogos medievais, de conversas desperdiçadas com os botões de camisas outrora desapertadas com enorme destreza pelas tuas mãos.
E a ansiedade desvanece na minha mente como a neblina no horizonte na agonia da madrugada à mercê do sol a nascer. Eu fixo o olhar numa estrada, recordo a euforia passada e o meu corpo transforma-se de repente, masculino, num imparável acelerador.
sábado, 17 de novembro de 2007
Eterno Retorno
Salpicam-me o rosto as gotas de água salgada, como sangue vertido pelo mar que rasgo agora com a quilha enquanto rumo a um porto qualquer. Salgadas, as gotas, como as lágrimas que não verti no momento em que percebi o quanto me sinto a vaguear sem norte em busca da resposta ao que ainda nem sei perguntar.
Juro que não chorei no dia em que te dei por perdida, eu próprio já de partida para um outro lugar onde pudesse aportar as emoções resguardadas em doca seca da fúria de um temporal interior.
A força necessária para renegar um amor impossível como o demonstravas de cada vez que me deixavas a sós com o desconforto de um ciúme que nunca tolerarias e por certo abusarias se dele te desse conta de alguma forma.
A única coisa que transtorna é a perturbadora constatação de ter a bússola viciada, pois sempre que vou de abalada gravo na lembrança o caminho de regresso.E sempre que me despeço deste amor encrespado, em busca de um resguardo, a âncora imaginária que me agarra à tua memória (e me arrasta sempre de volta à sensação poderosa que um beijo teu me dá) transforma sempre cada adeus num simples até já.
Juro que não chorei no dia em que te dei por perdida, eu próprio já de partida para um outro lugar onde pudesse aportar as emoções resguardadas em doca seca da fúria de um temporal interior.
A força necessária para renegar um amor impossível como o demonstravas de cada vez que me deixavas a sós com o desconforto de um ciúme que nunca tolerarias e por certo abusarias se dele te desse conta de alguma forma.
A única coisa que transtorna é a perturbadora constatação de ter a bússola viciada, pois sempre que vou de abalada gravo na lembrança o caminho de regresso.E sempre que me despeço deste amor encrespado, em busca de um resguardo, a âncora imaginária que me agarra à tua memória (e me arrasta sempre de volta à sensação poderosa que um beijo teu me dá) transforma sempre cada adeus num simples até já.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Fantasia
A imaginação requer mais que a fantasia.
Na fantasia, tudo fica como é, pois tudo acontece noutro local, noutro espaço, noutro tempo.
Na imaginação, projecto-te num futuro próximo, tão próximo como estão as ondas do mar da areia e tão fugaz quando a canção que elas sussurram e que de longe, torna tudo tão perto.
Perfeitos eram os dias que sorrias perto do meu sorriso, em que os teus olhos reflectiam os meus. Agora sorris, mas longe. Junto de qualquer outro sol. Em qualquer outra praia.
Onde as ondas que vêm a meus pés já não são as mesmas, são outras, menos límpidas, menos claras como o difuso que te sinto. Dizes que não é certo, que estou errada. Mas dize-lo lá longe, do recanto em que o teu coração se encontra e o teu pensamento está.
Mas espero. Porque ainda que essas ondas não me tragam as harmonias de outrora, resta-me a fantasia.
A fantasia de te imaginar aqui, comigo.
Na imaginação, projecto-te num futuro próximo, tão próximo como estão as ondas do mar da areia e tão fugaz quando a canção que elas sussurram e que de longe, torna tudo tão perto.
Perfeitos eram os dias que sorrias perto do meu sorriso, em que os teus olhos reflectiam os meus. Agora sorris, mas longe. Junto de qualquer outro sol. Em qualquer outra praia.
Onde as ondas que vêm a meus pés já não são as mesmas, são outras, menos límpidas, menos claras como o difuso que te sinto. Dizes que não é certo, que estou errada. Mas dize-lo lá longe, do recanto em que o teu coração se encontra e o teu pensamento está.
Mas espero. Porque ainda que essas ondas não me tragam as harmonias de outrora, resta-me a fantasia.
A fantasia de te imaginar aqui, comigo.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Deste Lado
Deste lado da mesa onde me confronto com a tua ausência, olhar pousado na cadeira vazia que te competia ocupar, perscruto por entre o fumo de uma baforada desiludida cada silhueta à entrada do nosso bar habitual.
E sei que faço mal em aceitar esta ansiedade que me corrói com uma estranha saudade de alguém que afinal ainda não partiu.
Por isso balanço no copo as pedras de gelo enquanto lhes sorvo a frieza das palavras que pretendo dirigir, no momento de me despedir, à tua insolência.
E abdico da interferência do coração tolerante em abono de um desassossego motriz que me arrasta cada vez mais infeliz para longe de uma paixão que tornaste, com a tua displicência, tão disparatada quanto imerecida.
E sei que faço mal em aceitar esta ansiedade que me corrói com uma estranha saudade de alguém que afinal ainda não partiu.
Por isso balanço no copo as pedras de gelo enquanto lhes sorvo a frieza das palavras que pretendo dirigir, no momento de me despedir, à tua insolência.
E abdico da interferência do coração tolerante em abono de um desassossego motriz que me arrasta cada vez mais infeliz para longe de uma paixão que tornaste, com a tua displicência, tão disparatada quanto imerecida.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Cúmplice Algoz
Puniste-me, implacável, com a frieza do teu desdém. Castigaste-me pelo pecado de vergar demasiado aos caprichos que inventavas, de propósito, para daí resultarem os pequenos instantes de humilhação com que me quebravas pela espinha o orgulho e esmagavas aos poucos os escassos ecos de resistência no meu coração.
A minha punição, em lume brando, resultou da sentença que ao meu sentimento de pertença aplicou a tua sede libertária de independência total.
Foi o juízo final de uma condenação definitiva, tombado o amor às mãos frias do traidor que te descobriu vingativa.
No dia em que fechaste nas suas costas a porta do calabouço em que definho, a masmorra do remorso que adivinho no extremo oposto da equação onde te encontras, igualmente a cumprir pena pelo excesso cometido por esse despeito bandido que nos fez cair do céu.
E nessa perspectiva, este terrível castigo acaba também por ser o teu.
A minha punição, em lume brando, resultou da sentença que ao meu sentimento de pertença aplicou a tua sede libertária de independência total.
Foi o juízo final de uma condenação definitiva, tombado o amor às mãos frias do traidor que te descobriu vingativa.
No dia em que fechaste nas suas costas a porta do calabouço em que definho, a masmorra do remorso que adivinho no extremo oposto da equação onde te encontras, igualmente a cumprir pena pelo excesso cometido por esse despeito bandido que nos fez cair do céu.
E nessa perspectiva, este terrível castigo acaba também por ser o teu.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Dissimulada
Dissimulada. À tua maneira.
Dissimulada. No obsoleto das tuas indecisões, na chamada às minhas preces, vens. Como se nada fosse, como se não houvesse tempo. Pelo mesmo caminho retornas, sem qualquer explicação.
Dissimulada é como me queres. Para os teus números de aparências e puzzles criminais de charme e boa-ventura.
Dissimulada é como me encontro. Sigo as tuas palavras como se fossem ordens, chego ao final delas e vejo que não trazem nada.
Dissimulada, finjo.
Até para ti.
Dissimulada é como me queres. Para os teus números de aparências e puzzles criminais de charme e boa-ventura.
Dissimulada é como me encontro. Sigo as tuas palavras como se fossem ordens, chego ao final delas e vejo que não trazem nada.
Dissimulada, finjo.
Até para ti.
domingo, 11 de novembro de 2007
Vias de Facto
E um ponto de partida tão imenso torna-nos ambiciosos quanto ao ponto de chegada que desconhecemos mas nos impulsiona a vontade de alcançar o céu, com o engenho tecnológico ou simplesmente embarcados nas asas da imaginação.
As palavras podem ser naves espaciais ou tapetes mágicos ou qualquer outro meio de transporte para o que as reflexões, as ideias, as emoções produzem neste espaço infinito cujo firmamento se constitui a partir do acto de criação. Aquilo que brilha em nós, sempre que nos revelamos capazes de ultrapassar a mera vontade de ir um pouco mais além e tentamos moldar, como aprendizes de alquimista, a química de novos elementos de um planeta distante (o nosso, às tantas) onde a frustração se substitui pela ilusão que a beleza das palavras sustenta. Ou como aspirantes de astrónomo, em busca de novos espaços e diferentes dimensões para descobrir.
Muitas respostas encontram-se por essa via, tão simples.
E muitas perguntas tornam-se assim absolutamente supérfluas.
Mas nem por isso desnecessárias.
As palavras podem ser naves espaciais ou tapetes mágicos ou qualquer outro meio de transporte para o que as reflexões, as ideias, as emoções produzem neste espaço infinito cujo firmamento se constitui a partir do acto de criação. Aquilo que brilha em nós, sempre que nos revelamos capazes de ultrapassar a mera vontade de ir um pouco mais além e tentamos moldar, como aprendizes de alquimista, a química de novos elementos de um planeta distante (o nosso, às tantas) onde a frustração se substitui pela ilusão que a beleza das palavras sustenta. Ou como aspirantes de astrónomo, em busca de novos espaços e diferentes dimensões para descobrir.
Muitas respostas encontram-se por essa via, tão simples.
E muitas perguntas tornam-se assim absolutamente supérfluas.
Mas nem por isso desnecessárias.
O Início
No início havia o Homem, a Mulher e todos os outros animais.
De todos e desde sempre, só ele e ela questionaram a existência. A existência de todas as coisas. A sua própria existência.
Que somos nós sem a essência que nos caracteriza, que nos leva ao pensamento, à descoberta e à frustração? Frustração esta que nos leva à insatisfação, que nos exige mais, cada vez mais..
Que faz de nós ser quem somos.
Que faz do Universo apenas o ponto de partida.
De todos e desde sempre, só ele e ela questionaram a existência. A existência de todas as coisas. A sua própria existência.
Que somos nós sem a essência que nos caracteriza, que nos leva ao pensamento, à descoberta e à frustração? Frustração esta que nos leva à insatisfação, que nos exige mais, cada vez mais..
Que faz de nós ser quem somos.
Que faz do Universo apenas o ponto de partida.
Subscrever:
Mensagens (Atom)